terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cancro do pulmão - Novas Terapeuticas

Evite travar esta batalha! Conheça as novas terapêuticas que relançam a esperança de cura

É a segunda causa de morte por doença oncológica em Portugal e continua a ter como principal factor de risco o tabaco.

Contudo, nem tudo são más notícias: deixar de fumar diminui significativamente o risco de aparecimento deste tumor e as terapêuticas de última geração são francamente promissoras, permitindo um controlo cada vez maior sobre a doença.

O cancro do pulmão é o tumor mais frequente entre os homens (embora se esteja a verificar uma estabilização no aparecimento de novos casos) e a sua ocorrência tem vindo a aumentar substancialmente entre as mulheres, já ultrapassando, em alguns países desenvolvidos, o cancro da mama, como causa de morte feminina.

Em Portugal, são diagnosticados, anualmente, mais de três mil novos casos, dos quais mais de metade acabam por falecer em menos de um ano. De acordo com o director do serviço de Pneumologia do IPO de Lisboa, José Duro da Costa, "entre 1998 e 2003 a mortalidade por cancro do pulmão em Portugal aumentou 7,2%".

"Em 2005, foram internados nos hospitais nacionais 4.815 doentes com cancro do pulmão que implicaram cerca de 60 000 dias de internamento", sublinha.

O BI do cancro do pulmão

Regra geral, o cancro do pulmão inicia-se na parede dos brônquios, ou no próprio tecido pulmonar, razão pela qual a tosse, o aumento de expectoração, a expectoração com sangue ou a falta de ar, são os primeiros sinais com que este tipo de tumor se manifesta.

Contudo, sintomas gerais como a perda de apetite, a perda de peso ou um cansaço persistente, antecedem por vezes os sintomas respiratórios anteriormente mencionados e devem ser um alerta para consultar o médico.

"Existem também casos em que o tumor é diagnosticado por sinais de disseminação noutros órgãos, como as dores ósseas, o aparecimento de nódulos debaixo da pele ou mesmo sinais que simulam um AVC (leia-se uma trombose)", explica Duro da Costa.

"Mais raramente", prossegue, "é uma radiografia do tórax, realizada por outros motivos, que identifica o tumor".

Quanto ao perfil do paciente vulnerável a este tipo de tumor está muito bem definido: indivíduo com mais de 50 anos e grande fumador. Na verdade, 90% dos doentes com cancro do pulmão, são grandes fumadores, existindo muito poucos tipos de cancro com uma relação causal tão evidente.

Tratamento: muito boas perspectivas

A investigação biológica e a terapêutica do cancro do pulmão registaram avanços muito importantes nos últimos cinco anos, dando início, segundo Duro da Costa, a uma nova era em que o paradigma clínico vai ser substituído pelo paradigma biológico.

"A Biologia permitiu ver, com maior clareza, as principais vias e mecanismos de crescimento tumoral, e as principais consequências metabólicas dos desarranjos genéticos. Depois seguiram-se passos importantes na descoberta de fármacos direccionados, que interferem com essas vias de crescimento tumoral, os quais possuem menos efeitos secundários que as quimioterapias actuais e com resultados bastante promissores", revela José Duro da Costa.

Veja na página seguinte: Os novos tratamentos que relançam a esperança

Entre as últimas descobertas, existem duas que são de destacar:

Erlotinib

Trata-se de um inibidor da tirosina-quinase de última geração que actua de forma distinta da quimioterapia convencional. É administrado por via oral e o tratamento consiste na toma diária (e em casa) de um só comprimido.

O tratamento tem efeitos secundários reduzidos e excelentes resultados tanto na taxa de resposta como na sobrevivência dos pacientes.

Bevacizumab

É um anticorpo monoclonal que impede o tumor de gerar novos vasos sanguíneos para se nutrir e, portanto, de crescer e provocar metástases. Este fármaco demonstrou já uma grande eficácia nos cancros da mama e cólon e investigações recentes em tumores do pulmão demonstraram um aumento da sobrevivência quando associado à quimioterapia convencional.

Este é um dos maiores avanços ocorridos no tratamento deste tipo de cancro, nos últimos 30 anos.

Quimioterapia convencional + cirurgia

No que diz respeito à associação da quimioterapia convencional à cirurgia, também aqui os avanços têm sido significativos. Actualmente, tem-se procurado definir a estratégia terapêutica de acordo com o perfil biológico do doente.

A análise genética permite seleccionar a combinação de fármacos mais eficaz para cada caso, o que permite personalizar o tratamento ao máximo.

Radiofrequência dá nova esperança aos doentes

A terapêutica do cancro do pulmão compreende três modalidades fundamentais, utilizadas quer em combinação quer isoladamente, conforme as circunstâncias: a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia.

Mas, de acordo com Duro da Costa, existem "outras terapêuticas paliativas locais, como a broncoscopia de intervenção ou a radiofrequência, que desempenham um importante papel no controlo sintomático e na prevenção de algumas complicações".

Uma equipa do Hospital de Rhode Island (EUA) demonstrou a eficácia da radioterapia em pacientes com cancro do pulmão que não podiam ser operados. Esta técnica (muito pouco invasiva) consiste na inserção de uma agulha especial que transmite correntes eléctricas de alta frequência ao tumor.

Segundo os autores do estudo, o índice de sobrevivência dos participantes foi de 78%, um ano após este tratamento, com a vantagem de poder ser realizado em ambulatório e de provocar poucos efeitos secundários. Contudo, apenas um grupo restrito de doentes pode beneficiar deste tratamento.

A importância da detecção precoce

Apesar de não estar demonstrado que o rastreio se traduza numa diminuição da mortalidade por cancro do pulmão, a sua detecção precoce pressupõe uma capacidade de cura que chega aos 80%. Tal deve-se, segundo Duro da Costa, ao facto do cancro do pulmão ser um tumor com uma dinâmica particular.

"As alterações celulares acumulam-se gradualmente ao longo de duas décadas e, subitamente, a doença instala-se numa situação, quase sempre, bastante avançada", explica o pneumologista. Isto deve-se a uma fase inicial de doença muito curta, que presumivelmente rondará os 3 a 6 meses.

Presentemente, a TAC espiral de baixa dose e a broncoscopia de fluorescência constituem os dois meios de diagnóstico precoce mais divulgados, mas não é exequível, quer em termos económicos quer em termos de intolerância para o doente, a sua repetição em intervalos tão curtos.

Daí a importância, apesar de tudo, de consultar imediatamente o médico aos primeiros sintomas», revela Duro da Costa. "A detecção precoce, permite encontrar tumores em estádios menos avançados, com possibilidade de cura em cerca de 80% dos casos", volta a frisar o pneumologista.

Veja na página seguinte: O cancro do tabaco

Tabaco: mau em todos os sentidos

O facto de cerca de 90% dos casos deste tumor se registarem em pessoas que fumam deixa muito pouco espaço para dúvidas. Está provado que o fumo dos cigarros contém agentes químicos, muitos dos quais reconhecidamente carcinogénicos, responsáveis pela danificação da estrutura genética (ADN) celular.

"Este dano celular que, a partir de um dado momento, é irreparável, é o responsável pelo crescimento descontrolado das células brônquicas, conduzindo, em última análise, ao aparecimento do tumor", acrescenta o pneumologista.

O efeito nocivo do fumo do tabaco no organismo é tão grande, que mesmo com apenas um cigarro diário, o risco de desenvolver cancro do pulmão é maior do que num não-fumador. Senão, vejamos: foi demonstrado cientificamente que cerca de 50 compostos químicos, entre os milhares que se podem encontrar no fumo do tabaco, são cancerígenos.

A nicotina, por si só, tem um longo historial de efeitos nocivos no organismo, produzindo um tipo de adicção com efeitos semelhantes aos da cocaína e da heroína e criando uma dependência física e psicológica absoluta.

A interrupção dos hábitos tabágicos provoca a síndrome de abstinência, responsável pela enorme dificuldade do seu abandono e pelas recaídas frequentes.

Para saber como pode deixar de fumar, clique aqui.

Pulmões com via verde

Estas são algumas das estratégias mais eficazes que, segundo as investigações realizadas até ao momento, podem reduzir o risco de desenvolver cancro do pulmão:

1. Deixe (o quanto antes) de fumar. Abandonar o tabaco possibilita a remissão dos danos já instalados. Está demonstrado que pouco tempo depois de deixar de fumar, o risco começa a diminuir: passados 10 anos, diminui para metade e, nos anos seguintes, continua a decrescer.

2. Mantenha uma boa forma física. As pessoas com melhor forma física têm menor risco de morrer por cancro do pulmão, mesmo se forem fumadoras. O truque está em fazer exercício intenso durante 20 ou 40 minutos, três a cinco vezes por semana.

3. Fuja para o campo. As grandes cidades favorecem o cancro do pulmão. Estudos recentes relacionaram a exposição a partículas muito pequenas (que penetram nos pulmões) provenientes dos automóveis e das fábricas, com um maior risco de desenvolver este tumor.

4. Coma frutas e verduras. O aumento da ingestão diária de frutas e verduras está associado a um menor risco de desenvolver um tumor pulmonar. Um tipo concreto de flavonóide, a quercetina, presente nas cebolas e nas maçãs, demonstrou ter um importante efeito protector perante este tipo específico de cancro.

5. Carne e gorduras, debaixo de olho. Vários estudos recentes mostraram uma relação estreita entre o consumo frequente de carne vermelha (independentemente da forma como é cozinhada mas, em particular, frita) e o aparecimento de cancro do pulmão; e o mesmo acontece com a ingestão diária de outras gorduras saturadas (toucinho, manteiga...).

Fumadores passivos: objectivo, minimizar

De acordo com um relatório publicado por quatro organizações europeias, Lifting the Smokescreen: 10 reasons for a smoke free Europe, mais de 79 mil pessoas morrem anualmente na União Europeia em consequência do fumo passivo, cerca de 13 mil delas, vítimas de cancro do pulmão.

Uma das razões para isto acontecer é o facto do fumador só inalar 15% do fumo de cada cigarro, enquanto que os restantes 85% são libertados para o ambiente. Esta investigação permitiu ainda concluir que, do total de mortes relacionadas com o fumo passivo, mais de 7 mil são causadas pela exposição ao fumo passivo no local de trabalho.

Para além disso, mulheres sujeitas ao fumo passivo, provocado pelos seus maridos, têm um risco acrescido em 20% de virem a desenvolver cancro do pulmão, enquanto que esse risco aumenta para 30% para os homens nas mesmas condições.

Como evitar situações deste tipo? A primeira coisa a fazer é afastar-se, na medida do possível, da fonte de contaminação.

Por outro lado, e apesar de não existir nenhum medicamento específico que nos proteja do fumo do tabaco, os seus efeitos nocivos podem ser paliados através de uma alimentação saudável, exercício físico e da adopção de certas medidas como ventilar adequadamente as divisões onde se tenha fumado.

Veja na página seguinte: O que têm os óleos vegetais a ver com esta doença

Os outros culpados

Se os hábitos tabágicos estão directamente relacionados com o risco de desenvolver cancro do pulmão, por que é que pessoas que nunca fumaram na vida também adoecem? E por que é que só 11% dos grandes fumadores acabam por o desenvolver?

Deixando de lado os fumadores passivos, que inalam o fumo dos cigarros alheios, existe seguramente uma susceptibilidade genética individual, apesar de não ser particularmente determinante neste tipo de cancro.

O que, de facto, tem uma influência muito evidente, como já demonstraram vários estudos, é a exposição a fumos provenientes da combustão de determinados óleos vegetais (indivíduos que trabalham em restaurantes), gasóleo e alcatrões.

Também está provado que a exposição a uma série de substâncias, como o radão e o amianto, incrementa as possibilidades de desenvolver esta patologia.

O radão é um gás invisível e inodoro, presente naturalmente em certos solos ou rochas. Para se proteger dele (a sua presença é frequente em construções antigas), os especialistas aconselham arejar os sótãos e, no caso de suspeitar da sua presença, realizar uma medição dos seus níveis (as lojas de ferragens vendem equipamentos destinados a este fim).

O amianto é um mineral composto por fibras, que se encontra em paredes e canalizações como isolantes térmicos e ignífugos (anti-fogo), bem como em calços de travão de automóveis. É sabido que as suas fibras, se forem inaladas, são extremamente agressivas para os pulmões e para a pleura.

Está perfeitamente estabelecido que a exposição simultânea ao fumo do tabaco e ao amianto (são exemplo disso as pessoas que trabalham em construção naval, nas minas de amianto, no isolamento ou reparação de automóveis) aumenta exponencialmente o risco de desenvolver um cancro do pulmão ou da pleura.

Tenha atenção a estes sintomas!

  • Tosse persistente.
  • Expectoração com sangue.
  • Fadiga fora do comum, sem motivo aparente.
  • Inchaço no pescoço e na cara.
  • Dificuldade respiratória.
  • Pneumonias ou bronquites frequentes.
  • Perda de peso e de apetite.
  • Rouquidão.
  • Dor persistente no peito, ombros ou costas.

As mulheres correm maior risco

Os especialistas têm verificado um aumento significativo de casos de cancro do pulmão feminino. Isto porque as mulheres têm vindo a adoptar hábitos sociais semelhantes aos dos homens (incluindo o de fumar), apesar de existirem outros factores particulares implícitos neste aumento da incidência.

Um estudo norte americano recente confirmou que as mulheres fumadoras têm mais 2,7% de possibilidades de desenvolver um cancro do pulmão do que os homens. Para além disso, o facto delas fumarem aumenta o risco em 30%.

Uma das teorias mais sólidas, demonstrada noutra investigação norte-americana, explica a razão deste efeito pela mutação de um gene que confere à mulher uma menor capacidade de combater os efeitos tóxicos do fumo do cigarro no organismo.

O cancro do pulmão é a consequência mais trágica do hábito tabágico nas mulheres, mas é preciso não esquecer os outros problemas daí decorrentes: complicações durante a gravidez, problemas menstruais, cancro da mama e do colo do útero...

Texto: Madalena Alçada Baptista
Revisão científica: Dr. José Duro da Costa (pneumologista e director do serviço de Pneumologia do IPO, Instituto Português de Oncologia de Lisboa)


A responsabilidade editorial e científica desta informação é da revista

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O doente oncológico e a sua familía

O cancro é uma das doenças mais temidas e que evoca emoções fortes não só no doente mas também na família. O livro “ O doente oncológico e a sua família” (por Maria da Graça Pereira e Cristiana Lopes, Climepsi Editores, 2006) aborda a importância do acompanhamento psicológico do doente com cancro e da sua família. A Psicologia Oncológica é a disciplina que se debruça sobre a investigação e a intervenção nas perturbações psicossociais associadas ao diagnóstico do doente com cancro, da sua família e do serviço de saúde. É uma disciplina porque oferece um certo número de ferramentas para orientar a prática do psicólogo em contexto oncológico. Trata-se de um livro de grande significado para doentes, cuidadores e profissionais. Com efeito, para além da literatura e a referência aos estudos realizados sobres esta intervenção psicológica, a obra descreve um programa de intervenção psicoterapêutico que abarca as diferentes fases da doença oncológica, lançam um olhar sobre o doente terminal, procura avaliar o impacto da doença oncológica na família e apresenta um programa de apoio aos familiares do doente oncológico, esmiuçando as suas componentes.
Sendo provavelmente a patologia mais temida da actualidade, é um foco contínuo de ansiedade e stress, levanta problemas delicados ao processo de comunicação entre os profissionais, os cuidadores e os doentes, exige partilhas de preocupações e orienta-se pela adesão terapêutica e a qualidade de vida possível para o doente. Isto porque os tratamentos podem recorrer à cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, com intuito de controlar ou exterminar a doença, há sempre efeitos secundários como náuseas, vómitos, prostração ou perda cabelo, acompanham-se de desconforto físico, tristeza ou medo de morrer. A gestão deste stress, a importância do suporte social e emocional justificam uma intervenção em que a psicoterapia é relevante. O ajustamento que se pretende para o doente com cancro, visa promover qualidades como sejam: espírito de luta, aceitação positiva do diagnóstico e do tratamento, relações fortes de si para os familiares e profissionais de saúde. Com efeito, a psicoterapia pode ajudar o doente a: tomar consciência dos seus medos, expressando-os de forma positiva; diminuir os níveis de depressão; desenvolver competências para lidar com o stress; desenvolver um sentimento de optimismo; adquirir uma sensação de controlo, entre outros objectivos.
Cada doente é um caso individual, mas a intervenção passa, regra geral, por algum destes estádios: a raiva ou revolta quando se conhece o diagnóstico, havendo que intervir para que o doente encare e exprima os seus sentimentos; esta intervenção passa por negociação com o doente, com objectivo de combater a depressão e estimular o espírito de luta. Segue-se a aceitação durante o tratamento, melhorando a comunicação e, depois, acompanhar o doente na fase de pós-tratamento. Quando a morte se aproxima, importa dar suporte e atender às necessidades do doente terminal. Os autores falam aprofundadamente da relação médico-doente, no estádio terminal, e das novas formas de negociação para superar a depressão, a ansiedade e o medo.
A psicologia oncológica não pode descurar a família do doente, a situação de crise pode envolver muitos familiares, gera mudanças interpessoais, sociais e ambientais. O psicólogo deverá estar atento a estes comportamentos, sobretudo na fase terminal e no processo de adaptação para o luto. Importa não esquecer que as fases de luto podem ser complexas, envolvendo entorpecimento, protesto, desespero até se iniciar a fase da recuperação. Os autores diagnosticam os factores que facilitam o processo de luto, destacam o modo como os profissionais de saúde podem ajudar o doente terminal e a importância que têm os grupos de apoio aos familiares dos doentes oncológicos.
Sendo um livro que facilita a intervenção psicológica para melhorar a qualidade de vida dos doentes, atribui um papel importante ao desempenho familiar e à superação de obstáculos de acordo com os conhecimentos actuais. Leitura altamente recomendável para cuidadores. n BEJA SANTOS

fonte: http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=2186

domingo, 9 de agosto de 2009

Cancro e o telemóvel

É o que diz o último estudo publicado sobre o possível risco dos telemóveis causarem cancro quando usados de forma abusiva. Este foi até agora o maior estudo efectuado sobre o assunto, envolveu cerca de 420 mil utilizadores de telemóvel, inclusivamente envolveu os primeiros donos de telemóvel no início dos anos oitenta. Comparando os níveis de incidência de cancro na população utilizadora de telemóveis com a não utilizadora, a conclusão é que não existem diferenças apreciáveis, o que provavelmente vem encerrar esta questão de uma vez por todas.

fonte: http://www.bitesebytes.com

Cancro do pulmão

Curiosidades - Cancro do Pulmão

-> As doenças do aparelho respiratório foram responsáveis, em 1998, pela morte de mais de nove mil portugueses, cerca de oito mil dos quais indivíduos acima dos 65 anos, segundo a Direcção Geral de Saúde.

-> O cancro do pulmão matou 10 portugueses por dia e cerca de 3500, no ano de 2008.

-> Cuba já tem vacina contra o cancro do pulmão
A vacina aumenta a esperança de vida entre 30 a 40%.
Especialistas cubanos garantem que a vacina é segura e não tem efeitos secundários.

-> Teste para o Cancro do Pulmão
Cientistas americanos criaram um teste de sopro para detectar se uma pessoa tem cancro do pulmão. O teste é pouco maior do que uma moeda, barato e fácil de usar. A detecção é feita através do hálito da pessoa em causa. O sistema foi testado em 122 pessoas com diferentes tipo de doenças de pulmão, entre elas estavam 49 com cancro e 21 saudáveis.
Este teste significa um grande avanço porque geralmente é difícil detectar esta doença no início, quando há mais possibilidades de cura.

-> Cancro do pulmão afecta menos portugueses

Portugal é dos países europeus que revela menores taxas de incidência do cancro do pulmão, apesar da mortalidade ser elevada devido à falta de diagnósticos precoces. A inexistência de rastreio e escassez de sintomas própria da doença prejudicam os diagnósticos precoces e levam a que perto de 50% dos novos casos sejam detectados numa fase já tardia.

-> Cancro do pulmão mata mais mulheres
O cancro do pulmão é a doença oncológica mais mortífera nas mulheres suecas. Em 20 anos, a taxa de mortalidade aumentou 75%. "A taxa de mortalidade nas mulheres vítimas de cancro de pulmão era de 31 mortes em 2006, contra 17,7 em 1987", revelou a Direcção sueca de Saúde e Assuntos Sociais. O número ultrapassa a mortalidade de cancro da mama.

Sol, sardinha e salmão contra cancros, depressão e enfarte.

O Sol, as sardinhas e o salmão são algumas fontes de vitamina D, uma substância que ajuda a prevenir doenças como o cancro, as depressões, a demência, a esquizofrenia, o raquitismo e os enfartes, alertou um especialista.

A vitamina D pode salvar a vida e todos dependemos dela", defendeu o especialista norte-americano Michael Holik no II Congresso Ibérico de Medicina Anti-Envelhecimento, que termina hoje em Vilamoura.

Michael Holik recordou que uma das principais fontes da obtenção gratuita de vitamina D é o sol, mas frisou que a quantidade absorvida no Inverno é reduzida ou mesmo inexistente, dependendo do país em que se vive.

O especialista alertou ainda que quando as pessoas se expõem ao sol com protectores solares estão a bloquear a entrada de vitamina D.

"A falta de vitamina D é muito detectada nas crianças devido ao uso de protectores solares", refere o professor, indicando que a alternativa é deixar o corpo apanhar sol durante "cinco ou dez minutos por dia sem protector solar".

Outro erro comum é pensar que se consegue obter vitamina D facilmente através da alimentação, principalmente do peixe.

Segundo explicou, é muito raro conseguir obter vitamina D através da alimentação e os peixes que são secos ou salgados, para não se estragarem, perdem a vitamina D.

"Só pescado como o salmão e a sardinha têm vitamina D", esclareceu.

Estudos feitos nos EUA com jovens mulheres que chegavam às urgências de hospitais com queixas de "cansaço, dores e tendência para a depressão" revelaram que todas elas tinham falta de vitamina D, contou Michael Holik.

A falta de vitamina D também está relacionada com alguns tipos de cancro, nomeadamente cancro da mama, da próstata ou do cólon.

Num outro estudo realizado sobre o cancro da mama, concluiu-se que as mulheres que tinham bons índices de vitamina D através do sol tinham "menos 50 por cento de possibilidade de contrair o cancro da mama do que as que não tinham apanhado sol".

A vitamina D ajuda também a reduzir a probabilidade de enfartes ou outra doenças cardiovasculares, demência ou esquizofrenia (doenças mentais) ou osteoperose e osteomalácia (ambas doenças de ossos).

O II Congresso Ibérico de Medicina Anti-Envelhecimento está a decorrer em Vilamoura, Algarve, e tem o objectivo de abordar a Medicina Anti-envelhecimento, através das áreas de desporto, nutrição, sexualidade, genética ou estética.

Na sessão de abertura do evento, a presidente do congresso, Isabel Hoffman Miles, recordou que se por um lado a média de idade para morrer é cada vez mais alta, também é verdade que os governos vão ter de apostar mais "na prevenção e promoção da saúde", porque doenças como a obesidade, diabetes, cancros e doenças neuro-degenerativas também estão a aumentar.

"Estima-se que em 2050 a maior parte dos países vão gastar 20 por cento do PIB em saúde. Em 2000, os custos de saúde eram de cinco por cento do PIB dos países desenvolvidos", lembrou a presidente do congresso.

DN

Tumor da próstata

O TUMOR DA PRÓSTATA É UM DOS MAIS FREQUENTES NO HOMEM, REPRESENTANDO UMA IMPORTANTE CAUSA DE MORTE
No entanto, o número de mortes por este tipo de cancro está bastante abaixo do número de novos casos diagnosticados, o que significa que esta doença é bastante tratável e/ou que tem uma evolução muito arrastada, muitas vezes acontecendo que o doente com cancro da próstata acaba por falecer de uma outra causa, especialmente se for mais idoso.

Sendo uma doença pouco habitual antes dos 50 anos vai, contudo, aumentando significativamente a sua ocorrência com o avançar da idade. Também com a idade o comportamento da doença tem tendência para se modificar, justificando que as terapêuticas indicadas sejam diferentes e adaptadas à circunstância específica.

Há formas de prevenir o cancro da próstata?

Como em todas as doenças oncológicas, existem alguns factores que podem ser considerados como tendo uma acção preventiva.

O estilo de vida e a dieta parecem ter, de algum modo, uma influência preventiva. Uma alimentação rica em antioxidantes, vitaminas A, D, E e selénio, que podem ser encontrados na dieta mediterrânica (pão, cereais, fruta, cenoura, espinafres, melancia, alho e cebola), tomate cozinhado e vinho tinto parecem ter algum papel protector contra o cancro da próstata.

O diagnóstico precoce é, contudo, fundamental, como em todas as doenças oncológicas, pois aumenta as possibilidades de maior sucesso nas terapêuticas.

O rastreio do cancro da próstata é controverso. Algumas organizações recomendam, a realização de toque rectal e o doseamento do PSA (antigénio específico da próstata), a partir dos 50 anos.

Quais são as características principais do cancro da próstata?

A quase totalidade dos casos de cancro da próstata é um carcinoma.

Entre diversas características que se podem encontrar no carcinoma, salienta-se a semelhança que ainda existe, ou não, entre o tumor e a glândula prostática de onde se origina. O grau de semelhança é medido pelo chamado score de Gleason: um Gleason baixo significa que o tumor é mais semelhante à glândula prostática, enquanto um Gleason alto (máximo 10) significa o contrário. A um Gleason baixo corresponde habitualmente um melhor prognóstico.

Outra característica fundamental é medida pelo Estadio da doença, isto é, se a doença se encontra confinada à próstata ou, pelo contrário, se se espalhou a outros órgãos.

O PSA, a idade e o estado geral do doente são ainda factores determinantes da caracterização da doença e, portanto, com consequente implicação terapêutica

Como se faz o diagnóstico de cancro da próstata?

O diagnóstico é estabelecido com base no exame prostático, no PSA e na biópsia prostática. Outros exames poderão ser realizados no caso do médico considerar adequado.

Que terapêuticas se podem usar no cancro da próstata?

Existem basicamente as seguintes alternativas:

  • Cirurgia: prostatectomia, que consiste na ressecção da próstata;
  • Radioterapia que inclui duas modalidades:
    • Radioterapia externa: aplicação de radiações a partir de uma fonte externa (é a radioterapia mais utilizada na generalidade das situações, que não o cancro da próstata);
    • Braquiterapia ou “sementes” como muitas vezes são designados pequenos fragmentos de material emissor de radiações que são introduzidos na própria próstata.
  • Hormonoterapia: utilização de agentes farmacológicos que antagonizam o efeito estimulante dos androgénios. Estes são hormonas sexuais masculinas (testosterona) cuja acção leva ao crescimento do cancro da próstata. Antagonizando-se os androgénios consegue-se uma inibição do desenvolvimento do cancro da próstata.
  • Quimioterapia: nalgumas situações pode também estar indicado o uso de quimioterapia.

Qual a terapêutica mais adequada?

A indicação da terapêutica mais adequada deverá ser estabelecida pelo médico tendo em conta:

  • O tipo de tumor (incluindo o score de Gleason);
  • O estadio da doença;
  • A idade do doente;
  • As preferências do doente, nomeadamente tendo em consideração os possíveis efeitos secundários decorrentes de cada uma das opções terapêuticas e que serão detalhadas pelo médico.


fonte:http://www.hdanadia.min-saude.pt/Pagina/curiosidades.htm

Não esquecer que uma possibilidade terapêutica realista poderá ser, mesmo, a ausência de qualquer terapêutica, como no caso de um doente mais idoso com doença mais limitada e não sintomática.

Cancro

A palavra Cancro é uma designação que permite identificar de forma genérica, o vasto conjunto de doenças que são Tumores Malignos.





Um tumor maligno deve-se a um acumular de mutações.


1. O cancro é contagioso?
Não. Mesmo que alguns cancros humanos sejam causados por vírus, eles não são se propagam, como uma constipação ou uma gripe.

2. Os cancros são doenças modernas?
Não, os cancros existem há séculos. Há ossos de dinossauros que apresentam excrescências que podem ter sido cancro ósseo. Algumas das múmias egípcias tinham cancro e existem esqueletos de índios sul-americanos que apresentam sinais de cancro.

3. Só os seres humanos contraem cancro?
Não. Os animais e as plantas também o contraem.

4. Toda a gente nasce com cancro?
Não. Esta é uma ideia antiga, baseada numa teoria que esteve muito em voga durante o passado século.Segundo essa teoria, dentro do nosso organismo existiriam células que seriam vestígios de um anterior desenvolvimento e que se começavam a dividir quando algo as punha em funcionamento. Os investigadores científicos, hoje em dia, não acreditam nessa teoria.

5. O cancro é hereditário?
O cancro, em geral, não é. Existem alguns cancros, muito raros, que são hereditários, como é o caso dos retinoblastomas, cancros do olho, nas crianças.Verifica-se também uma tendência para certas famílias terem maior propensão para contraírem certos cancros.

fonte: http://cancerteam.blogspot.com/2008/04/cancro-curiosidades.html