domingo, 9 de agosto de 2009

Tumor da próstata

O TUMOR DA PRÓSTATA É UM DOS MAIS FREQUENTES NO HOMEM, REPRESENTANDO UMA IMPORTANTE CAUSA DE MORTE
No entanto, o número de mortes por este tipo de cancro está bastante abaixo do número de novos casos diagnosticados, o que significa que esta doença é bastante tratável e/ou que tem uma evolução muito arrastada, muitas vezes acontecendo que o doente com cancro da próstata acaba por falecer de uma outra causa, especialmente se for mais idoso.

Sendo uma doença pouco habitual antes dos 50 anos vai, contudo, aumentando significativamente a sua ocorrência com o avançar da idade. Também com a idade o comportamento da doença tem tendência para se modificar, justificando que as terapêuticas indicadas sejam diferentes e adaptadas à circunstância específica.

Há formas de prevenir o cancro da próstata?

Como em todas as doenças oncológicas, existem alguns factores que podem ser considerados como tendo uma acção preventiva.

O estilo de vida e a dieta parecem ter, de algum modo, uma influência preventiva. Uma alimentação rica em antioxidantes, vitaminas A, D, E e selénio, que podem ser encontrados na dieta mediterrânica (pão, cereais, fruta, cenoura, espinafres, melancia, alho e cebola), tomate cozinhado e vinho tinto parecem ter algum papel protector contra o cancro da próstata.

O diagnóstico precoce é, contudo, fundamental, como em todas as doenças oncológicas, pois aumenta as possibilidades de maior sucesso nas terapêuticas.

O rastreio do cancro da próstata é controverso. Algumas organizações recomendam, a realização de toque rectal e o doseamento do PSA (antigénio específico da próstata), a partir dos 50 anos.

Quais são as características principais do cancro da próstata?

A quase totalidade dos casos de cancro da próstata é um carcinoma.

Entre diversas características que se podem encontrar no carcinoma, salienta-se a semelhança que ainda existe, ou não, entre o tumor e a glândula prostática de onde se origina. O grau de semelhança é medido pelo chamado score de Gleason: um Gleason baixo significa que o tumor é mais semelhante à glândula prostática, enquanto um Gleason alto (máximo 10) significa o contrário. A um Gleason baixo corresponde habitualmente um melhor prognóstico.

Outra característica fundamental é medida pelo Estadio da doença, isto é, se a doença se encontra confinada à próstata ou, pelo contrário, se se espalhou a outros órgãos.

O PSA, a idade e o estado geral do doente são ainda factores determinantes da caracterização da doença e, portanto, com consequente implicação terapêutica

Como se faz o diagnóstico de cancro da próstata?

O diagnóstico é estabelecido com base no exame prostático, no PSA e na biópsia prostática. Outros exames poderão ser realizados no caso do médico considerar adequado.

Que terapêuticas se podem usar no cancro da próstata?

Existem basicamente as seguintes alternativas:

  • Cirurgia: prostatectomia, que consiste na ressecção da próstata;
  • Radioterapia que inclui duas modalidades:
    • Radioterapia externa: aplicação de radiações a partir de uma fonte externa (é a radioterapia mais utilizada na generalidade das situações, que não o cancro da próstata);
    • Braquiterapia ou “sementes” como muitas vezes são designados pequenos fragmentos de material emissor de radiações que são introduzidos na própria próstata.
  • Hormonoterapia: utilização de agentes farmacológicos que antagonizam o efeito estimulante dos androgénios. Estes são hormonas sexuais masculinas (testosterona) cuja acção leva ao crescimento do cancro da próstata. Antagonizando-se os androgénios consegue-se uma inibição do desenvolvimento do cancro da próstata.
  • Quimioterapia: nalgumas situações pode também estar indicado o uso de quimioterapia.

Qual a terapêutica mais adequada?

A indicação da terapêutica mais adequada deverá ser estabelecida pelo médico tendo em conta:

  • O tipo de tumor (incluindo o score de Gleason);
  • O estadio da doença;
  • A idade do doente;
  • As preferências do doente, nomeadamente tendo em consideração os possíveis efeitos secundários decorrentes de cada uma das opções terapêuticas e que serão detalhadas pelo médico.


fonte:http://www.hdanadia.min-saude.pt/Pagina/curiosidades.htm

Não esquecer que uma possibilidade terapêutica realista poderá ser, mesmo, a ausência de qualquer terapêutica, como no caso de um doente mais idoso com doença mais limitada e não sintomática.

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