quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Frase do dia

Frase do dia

Cancro dos ossos

Cancro do osso

Tipos

Existem dois tipos de tumores malignos dos ossos: os primários, ou seja, os que são originados a partir dos próprios componentes dos ossos; e os secundários, ou seja, os provocados pela disseminação à distância de algum cancro situado noutro órgão. Estes tumores secundários, denominados metástases, são em conjunto mais frequentes nos ossos e afectam predominantemente as pessoas com mais de 45 anos, podendo ter o seu foco primitivo em vários órgãos, sobretudo na mama, na próstata, no pulmão, na tiróide e no rim. Os tumores ósseos malignos primitivos, que conjuntamente constituem cerca de 1% de todos os cancros do organismo, podem ser classificados em vários tipos, de acordo com as células a partir das quais se desenvolvem.

O sarcoma osteogénico é o cancro do osso mais frequente e agressivo. Costuma surgir entre os 10 e os 20 anos de idade, normalmente em ossos longos, como o fémur ou a tíbia. Embora não exista, na maioria dos casos, qualquer antecedente que explique o seu desenvolvimento, por vezes, é provocado por um traumatismo ou como complicação da doença de Paget.

O sarcoma de Ewing é um tumor maligno constituído por células muito diferentes, destacando-se pela sua agressividade. Costuma manifestar-se entre os 5 e os 15 anos de idade, afectando por ordem de frequência o fémur, a tíbia, o úmero, o perónio, a omoplata, o crânio, as costelas e a bacia. Embora se trate de um tumor solitário, por vezes, é possível que se desenvolvam vários tumores.

O condrossarcoma é um tumor maligno originado na cartilagem do osso, sendo menos agressivo do que os anteriores. Costuma surgir entre os 30 e os 60 anos de idade, ocasionalmente provocado pela evolução maligna de um tumor benigno e costuma localizar-se, por ordem de frequência, na bacia, nas omoplatas, nas costelas e nos ossos longos, como o fémur ou a tíbia.

O fibrossarcoma é um tumor maligno originado nas células do tecido conjuntivo do osso e costuma evidenciar-se ao longo dos primeiros vinte anos de vida, embora também se possa manifestar nos idosos, sobretudo como complicação da doença de Paget. Normalmente, localiza-se nos ossos longos, nomeadamente no fémur e na tíbia.

O mieloma é um tumor maligno formado por células originadas nos glóbulos brancos da medula óssea, sendo o tipo de cancro do osso mais frequente entre os idosos, pois costuma manifestar-se a partir dos 40 anos. Dado que as suas repercussões são muito específicas, a nossa obra dedica-lhe um capítulo nas doenças dos glóbulos brancos.

Manifestações e evolução

O sintoma inicial do cancro nos ossos costuma corresponder a uma dor mais ou menos localizada ou difusa, de intensidade variável consoante os casos, embora seja geralmente uma dor constante, que muitas vezes impossibilita o movimento.

Caso o tumor seja superficial, costuma provocar uma dilatação perceptível como uma tumefacção por baixo da pele, que se torna densa, brilhante e fina nessa zona. Por vezes, como acontece no caso de sarcoma de Ewing, as primeiras manifestações do tumor correspondem a uma série de sinais e sintomas inespecíficos, tais como febre, fadiga, cansaço, falta de apetite e mal-estar, que por vezes desaparecem durante um determinado período de tempo, após o qual voltam a manifestar-se. Por outro lado, quando o tumor ao longo do seu crescimento invade o osso cortical, debilitando-o, costuma provocar uma especial predisposição para as fracturas, em alguns casos provocadas por traumatismos mínimos ou até mesmo espontaneamente. Caso não sejam detectados ou tratados a tempo, os tumores malignos têm tendência para invadir os tecidos adjacentes, com a consequente manifestação de sinais e sintomas, assim como para se disseminarem à distância através da circulação linfática e sanguínea, levando à formação de tumores secundários ou metástases em órgãos mais ou menos afastados, nomeadamente nos pulmões e no cérebro. Nas fases mais avançadas, a evolução é semelhante à de todos os cancros, com uma deterioração do estado geral que conduz inevitavelmente à morte.

Tratamento

O tratamento depende do tipo de tumor, da sua extensão, da existência de metástases noutros órgãos e da idade e estado físico do paciente. As principais formas de tratamento, que podem ser combinadas entre si de acordo com as especificidades de cada caso, são a cirurgia, a radioterapia (aplicação de radiações) e a quimioterapia (administração de medicamentos citostáticos).

Sempre que seja possível, deve-se tentar extrair o foco do tumor e os tecidos adjacentes, para se ter uma certa margem de segurança. Por vezes, caso o tumor seja muito agressivo ou volumoso, pode ser necessário recorrer à amputação.


INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Caso os cancros dos ossos nao sejam detectados e
e tratados, o seu prognóstico não costuma ser muito favorável. Contudo, quando o tumor é diagnosticado antes de metastizar, a instituição precoce do tratamento adequado melhora o prognóstico e aumenta a sobrevivência. De qualquer forma, o prognóstico depende, sobretudo, da natureza do tumor e da sua facilidade de disseminação, que ocasionalmente ocorre em etapas muito precoces.

• Perante um sarcoma osteogénico, que se caracteriza pela sua agressividade, apenas se consegue obter a sobrevivência do paciente através de um tratamento efectuado ao longo das primeiras fases de evolução, quando as metástases ainda não foram produzidas, ou através do recurso à sua amputação.

• Em caso de sarcoma de Ewing, também extremamente agressivo, embora seja possível obter-se a sobrevivência do paciente durante alguns anos com o tratamento precoce, o diagnóstico é menos favorável quando apenas é detectado após um determinado tempo de evolução.

• Como o condrossarcoma é menos agressivo do que os anteriores e costuma levar alguns anos a provocar metástases, o seu tratamento em fases precoces proporciona, na maioria dos casos, a obtenção da sobrevivência do paciente.

• Dado que o fibrossarcoma também costuma levar alguns anos a originar metástases, o seu prematuro tratamento aumenta as possibilidades de sobrevivência do paciente.


Fonte: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=380

sábado, 12 de setembro de 2009

Frase do dia

Encontrei um vídeo que achei lindíssimo, acho que o deveria partilhar...

Inocência e generosidade.

Cancro hereditário

Síndrome de Li-Fraumeni é uma doença hereditária rara, autossómica dominante. É nomeada em honra de Frederick Pei Li e Joseph F. Fraumeni, Jr., médicos americanos que primeiro reconheceram e descreveram a síndrome. Esta síndrome aumenta a susceptibilidade ao cancro. A síndrome está ligada a mutações do gene p53, que normalmente ajuda no controlo do ciclo celular. Mutações podem ser herdadas ou podem advir 'de novo', cedo na embriogénese ou nas células germinais dos pais.

Wikipedia

A síndrome de Li-Fraumeni representa a associação de sarcoma, tumor cerebral, leucemia, cancro da mama e carcinoma do córtex da supra-renal numa família. Os critérios completos são sarcoma antes dos 45 anos, pelo menos um familiar de primeiro grau com qualquer tumor antes dos 45 anos, e um familiar de primeiro ou segundo grau com cancro antes dos 45 anos ou sarcoma em qualquer idade. Existem ainda critérios incompletos que fazem suspeitar desta síndrome, nomeadamente, dois familiares de primeiro grau com cancro do espectro da Síndrome de Li-Fraumeni, um deles diagnosticado antes dos 45 anos, ou criança ou adulto jovem com carcinoma do córtex da supra-renal, ou criança ou jovem adulto com idade inferior a 45 anos e múltiplos tumores primários pertencentes a espectro da síndrome.

A síndrome de Li-Fraumeni é causada por mutações germinativas no gene supressor tumoral TP53, o que confere um risco de cancro de 40% nas primeiras duas décadas de vida e de 80-90% ao longo da vida.

http://www.oncologiapediatrica.org/index.php?/site/ver_artigo/205

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

frase do dia

O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior.
(Alfred Armand Montapert)

Por isso, vivam, riam, amem, tudo o que conseguirem nesta vida...
Para sugestões de frases, poemas ou outros temas que queiram ver postados no nosso blog ( pois este blog é meu e vosso) enviem para o meu e-mail sugestões angeldebi@hotmail.com.

Bjinhos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O cancro oral não escolhe idade, sexo, raça nem classe social!!!


Esta doença, nas suas distintas formas engloba pessoas de todas as faixas etárias, principalmente as que consomem álcool e/ou fumam. Anualmente, são registados, em todo o mundo, entre nove e dez milhões de novos casos da doença. Deste total, cerca de 400 mil são cancros da boca e da faringe.

Outros dados revelam que a maior parte dos tumores de cabeça e pescoço ocorrem nas vias aereodigestivas superiores, principalmente na boca, faringe e laringe. O cancro oral é mais comum que a leucemia, do que o cancro da pele, do cérebro, do fígado, e dos ovários. As taxas de incidência de cancro dessas vias, em países não-desenvolvidos, são superadas somente pelos tumores de colo do útero. Os cancros da boca e faringe ocupam a terceira posição nos países não-desenvolvidos e a oitava nos desenvolvidos. O total de casos incidentes dessas doenças atingiu cerca de 270 mil pessoas no ano 2000.

No caso específico do cancro da boca, uma das principais causas de seu agravamento em numerosos pacientes é o primeiro diagnóstico. Inicialmente, o médico dificilmente considera a hipótese do paciente estar com esta patologia. O doente, da mesma maneira, não toma as devidas precauções. Assim, torna-se evidente que a consciencilização e a informação constituem factores essenciais para a detecção precoce. Isto é muito importante, pois o tratamento de qualquer tipo de cancro na fase inicial da doença aumenta muito a possibilidade de cura e recuperação do doente oncológico.

Diferentes manifestações do cancro oral:






Fibroma; Linfogioma; Neurofibroma; Cancro da lingua

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Informática Médica, pelos alunos do 3º ano de Medicina Dentária.

Conteúdo da responsabilidade de:

Ana Seixas Carlos

Joana Duarte

Sofia Ferreira

Imagens retiradas de:

www.uv.es/medicina-oral

Conteúdo adaptado de:

Laskaris, G.,(1994).Color Atlas of Oral Diseases. 1st edition. Thieme, New york

Cawson, R.A., Odell, E.W.(1998).Essentials of Oral Pathology and Oral Medicine. 6th edition. Churchill Livingstone, Toronto

Sapp, J.P., Eversole, L.R., Wysocki, G.P., (1999). Patologia Oral e Maxilofacial Contemporânea. Lusociência - loures


Cancro e outros tumores da boca

As formas de cancro da cavidade bucal manifestam-se numa percentagem muito elevada de pessoas. É também muito frequente, comparado com outros cancros e considerando o tamanho pequeno da boca relativamente ao resto do corpo. Juntamente com o cancro do pulmão e da pele, o cancro da boca é mais fácil de prevenir do que muitos outros.

Os tumores não cancerosos (benignos) e cancerosos (malignos) podem ter origem em qualquer tipo de tecido na boca e à volta da mesma, incluindo ossos, músculos e nervos. O cancro que tem origem no revestimento interno da boca ou nos tecidos superficiais chama-se carcinoma; o cancro originado nos tecidos mais profundos chama-se sarcoma. Só em raras ocasiões as formas de cancro da região bucal são consequência da propagação de um cancro de outras partes do organismo, sendo os pulmões, as mamas e a próstata as mais comuns.

O exame físico para detectar o cancro da boca deve constituir uma parte integral dos exames médicos e odontológicos, dado que é fundamental a sua detecção prematura. Geralmente, as formas cancerosas com menos de 15 mm de diâmetro podem curar-se facilmente. Infelizmente, a maioria das formas de cancro da boca diagnosticam-se somente quando o cancro já se propagou aos gânglios linfáticos do maxilar e do pescoço. Devido à detecção tardia, 25 % dos casos de cancro da boca são mortais.

Factores de risco

O risco de cancro da boca é maior nos fumadores ou em pessoas que consomem bebidas alcoólicas. É provável que a causa do cancro se deva à combinação de álcool e de tabaco, mais do que a um destes factores separadamente. Dois terços dos casos de cancro da boca afectam os homens, mas o hábito do tabaco entre as mulheres, cada vez mais espalhado durante as últimas décadas, faz com que esta diferença vá desaparecendo gradualmente.

O cigarro é uma das causas mais prováveis de cancro da boca, mais do que fumar charutos ou cachimbo. Uma zona castanha, plana e sardenta (a mancha do fumador) pode aparecer nos lábios sobre o ponto onde habitualmente se segura o cachimbo ou o cigarro. Somente uma biopsia (extracção de uma amostra de tecido para o seu exame ao microscópio) pode determinar se a mancha é cancerosa.

As irritações repetidas que os bordos de um dente partido podem causar, as obturações ou a prótese dentária (como coroas e pontes) podem aumentar o risco de cancro da boca. As pessoas que sofreram de algum tipo de cancro oral estão sujeitas a um maior risco de contrair outras formas de cancro.

Sintomas e diagnóstico

O cancro da boca aparece com maior frequência nos lados da língua, no pavimento da boca e na parte posterior do palato (palato mole). As formas cancerosas da língua e do pavimento da boca são habitualmente carcinomas de células escamosas. O sarcoma de Kaposi é um cancro dos vasos sanguíneos próximos da pele. É mais frequente na boca, habitualmente no palato das pessoas que sofrem de SIDA.

O cancro localiza-se frequentemente no interior das bochechas e dos lábios das pessoas que mascam e aspiram tabaco. Estas formas de cancro são muitas vezes carcinomas verrugosos de crescimento lento.

O melanoma, um cancro que habitualmente se desenvolve na pele, aparece com menor frequência na boca. Recomenda-se a ida ao médico, ou ao dentista, se alguma zona da boca apresentar uma alteração de cor recente, parda ou escura, dado que pode tratar-se de um melanoma. No entanto, não se deve confundir um melanoma com as áreas de pigmentação normal da boca, como acontece com algumas famílias, particularmente entre as pessoas de pele escura e algumas populações do Mediterrâneo.

Língua

O cancro da língua é invariavelmente indolor na sua fase inicial e detecta-se habitualmente durante um exame odontológico de rotina.

É característico o cancro aparecer nos lados da língua, embora raramente se desenvolva por cima desta, com excepção de alguém afectado durante anos por sífilis não tratada. Os carcinomas de células escamosas da língua muitas vezes aparecem como úlceras abertas e tendem a crescer para dentro das estruturas subjacentes.

Uma zona avermelhada na boca (eritroplasia) é uma lesão precursora de cancro. Alguém a quem apareça uma zona avermelhada nos bordos da língua deve dirigir-se ao médico ou ao dentista.

Pavimento da boca

O cancro do pavimento da boca é invariavelmente indolor na sua fase inicial e, geralmente, detecta-se durante um exame odontológico de rotina. Tal como o cancro da língua, esta forma de cancro é habitualmente um carcinoma de células escamosas que tem um aspecto de úlceras abertas e tende a crescer para dentro das estruturas subjacentes.

Alguém a quem apareça uma zona avermelhada (eritroplasia) no pavimento da boca deve dirigir-se ao médico ou ao dentista porque isso pode indicar a existência de um cancro.

Palato mole

O cancro do palato mole pode ser um carcinoma de células escamosas ou um cancro que começa nas pequenas glândulas salivares do palato mole. O carcinoma de células escamosas muitas vezes tem o aspecto de uma úlcera. Frequentemente, o cancro que começa nas pequenas glândulas salivares aparece como uma inflamação ligeira.

Revestimento da boca

Quando o revestimento interno da boca (mucosa bucal) se irrita durante muito tempo, pode desenvolver-se uma mancha branca e plana que não sai esfregando (leucoplasia). O ponto irritado aparece branco porque se trata de uma camada espessada de uma substância chamada queratina que cobre a parte mais externa da pele e que normalmente é menos abundante no revestimento da boca. Ao contrário de outras áreas brancas que se desenvolvem na boca, geralmente pela acumulação de alimentos, bactérias ou fungos, a leucoplasia não se pode limpar. Quase sempre a leucoplasia é o resultado de uma resposta de protecção normal da boca contra outras feridas. Mas no processo de formação desta cobertura protectora, algumas células podem transformar-se em cancerosas.

Em contraste, uma zona avermelhada da boca (eritroplasia) aparece em consequência de um adelgaçamento da mucosa bucal. A zona aparece vermelha porque os capilares subjacentes são mais visíveis. A eritroplasia é uma lesão que precede um cancro de um modo muito mais alarmante que a leucoplasia. A pessoa que tenha qualquer área vermelha na boca deve dirigir-se ao médico ou ao dentista.

Uma úlcera é uma ferida que se forma no revestimento da boca quando a camada das células superiores se deteriora, deixando ver o tecido subjacente. A úlcera é branca, devido às células mortas que estão no interior da ferida. As úlceras da boca são, com frequência,. o resultado da irritação ou de uma ferida nos tecidos, por exemplo, quando se morde acidentalmente ou se lesiona a parte interna da bochecha. Outras causas são as aftas e as substâncias irritantes, como a aspirina no caso de se manter contra as gengivas. As úlceras não cancerosas são invariavelmente dolorosas. Uma úlcera que não doa e dure mais de 10 dias pode ser pré-cancerosa ou cancerosa e deve ser examinada por um médico ou um dentista.

Uma pessoa que masque tabaco ou use rapé pode desenvolver um rebordo branco com cristas na parte interna das bochechas. Estas tumefacções podem transformar-se num carcinoma verrugoso.

Gengivas

Uma tumefacção visível ou uma zona elevada na gengiva não é causa de alarme. No entanto, se tais factores não forem consequência de abcessos periodontais ou do abcesso de um dente, pode tratar-se de um tumor não canceroso provocado por irritação. Os tumores não cancerosos são relativamente frequentes e, se for necessário, podem extirpar-se facilmente por cirurgia. Dado que o factor de irrigação permanece, as recidivas dos tumores não cancerosos apresentam-se entre 10 % e 40 % das pessoas. Se o factor irritante for uma dentadura postiça mal adaptada, esta deve ajustar-se ou ser substituída.

Lábios

Os lábios, com maior frequência o inferior, podem sofrer danos pelo sol (queilose actínica), que se manifesta com gretas nos lábios e alteração da cor (de vermelho, branco ou vermelho-esbranquiçado ao mesmo tempo). O médico, ou o dentista, pode fazer uma biopsia para determinar se estas manchas desiguais são cancerosas. Em climas soalheiros é mais comum o cancro da parte externa do lábio. O cancro do lábio e de outras partes da boca é muitas vezes duro ao tacto e está aderente ao tecido subjacente, enquanto a maioria das tumefacções não cancerosas nestas zonas se movem com facilidade. As anomalias do lábio superior são menos comuns do que as do lábio inferior, mas são mais propensas a transformarem-se num cancro e requerem cuidados médicos.

Uma pessoa que masca ou aspira tabaco pode desenvolver bordos brancos com cristas na parte interna dos lábios, que podem transformar-se num carcinoma verrugoso.

Cancro ao nível do lábio inferior

Glândulas salivares

Os tumores das glândulas salivares podem ser cancerosos ou não cancerosos. Podem surgir em qualquer dos três pares das principais glândulas salivares: a glândula parótida (na parte lateral da cara, em frente do ouvido), a glândula submaxilar (debaixo da parte lateral do maxilar inferior) ou a glândula sublingual (no pavimento da boca em frente da língua). Podem também desenvolver-se tumores nas glândulas salivares menores, que estão dispersas por todo o revestimento da boca. O crescimento inicial dos tumores das glândulas salivares pode ser doloroso ou não. Os tumores cancerosos tendem a crescer rapidamente e são duros ao tacto.

Maxilar inferior

Vários tipos de quistos não cancerosos provocam dor e inchaço no maxilar inferior. Muitas vezes, estão próximos de um molar do siso que não se pode desenvolver, por ser impedido pelo próprio maxilar, e, embora não sejam cancerosos, podem destruir áreas consideráveis do maxilar à medida que se propagam. Certos tipos de quistos são mais propensos a repetir-se. Os odontomas são tumores duros não cancerosos, de estrutura parecida com a do dente e com o aspecto de pequenos dentes adicionais e deformados. Dado que podem ocupar o lugar dos dentes normais ou interferir no seu crescimento, muitas vezes têm de ser extraídos cirurgicamente.

Frequentemente, o cancro do maxilar inferior produz dor e um mal-estar parecido com a sensação de um anestésico bucal à medida que vai perdendo o seu efeito. Geralmente, as radiografias não distinguem o cancro do maxilar dos quistos, tumores ósseos não cancerosos, nem das formas cancerosas que se propagaram de outras partes do organismo. No entanto, as radiografias habitualmente detectam os bordos irregulares do cancro do maxilar e podem mostrar se o cancro consumiu as raízes dos dentes mais próximos. Geralmente, para confirmar um diagnóstico de cancro do maxilar, requer-se uma biopsia (extracção de uma amostra de tecido e o seu exame ao microscópio).

Tumor unilateral da parótida que provoca uma paralisia facial do lado esquerdo

Prevenção e tratamento

O risco de cancro dos lábios reduz-se protegendo-se do sol. Evitar o consumo excessivo de álcool e de tabaco pode prevenir a maioria das formas de cancro da boca. Outra das medidas preventivas consiste em reparar os bordos ásperos de dentes quebrados ou das obturações. Alguma evidência indica que as vitaminas antioxidantes, como as vitaminas C e E e os betacarotenos, podem servir de protecção adicional, mas necessita-se de mais estudos a esse respeito. Se os danos do sol afectam uma extensa área dos lábios, uma raspagem que retire toda a superfície externa, com meios cirúrgicos ou com raios laser, pode prevenir a evolução para formas de cancro.

A eficácia do tratamento de cancro bucolabial depende em grande medida da sua evolução. É raro que o cancro da boca se propague a outros pontos do organismo; no entanto, tende a invadir a cabeça e o pescoço. Se se extirparem a totalidade do cancro e os tecidos normais circundantes antes de o cancro se ter propagado para os gânglios linfáticos, a possibilidade de cura é alta. Se o cancro se propagou aos gânglios linfáticos, a cura é muito menos provável. Durante a intervenção cirúrgica extirpam-se, para além do cancro, os gânglios por baixo e à frente do maxilar inferior e os que se encontram ao longo do pescoço. A cirurgia para as formas de cancro da boca pode ser desfigurante e psicologicamente traumática.

Uma pessoa com cancro da boca ou da garganta pode receber radioterapia e cirurgia ou apenas radioterapia. A radioterapia destrói muitas vezes as células salivares, deixando a boca seca, o que pode trazer cáries e outros problemas dentários. Dado que os maxilares não saram bem quando são expostos à radiação, os problemas dentários tratam-se antes de administrar a radiação. Qualquer dente que possa ser problemático extrai-se, deixando decorrer o tempo necessário para a sua cicatrização. Uma boa higiene dentária é importante para as pessoas que recebem radioterapia por causa do cancro da boca. Esta higiene consiste em exames periódicos e um meticuloso cuidado em casa, com aplicações diárias de flúor. Depois de uma extracção, a terapia hiperbárica de oxigénio pode contribuir para o restabelecimento do maxilar.

O benefício terapêutico da quimioterapia é limitado para o cancro da boca. As pedras angulares do tratamento são a cirurgia e a radioterapia.



Fonte: http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D124

terça-feira, 8 de setembro de 2009

SONHOS, SAÚDE E DOENÇA... *

SONHOS, SAÚDE E DOENÇA... *


Sonhos podem ser metafóricos
Decodificados por profissionais,
Ou com amigos, é escrita gótica...
São pistas curadoras e naturais.

Sonhos podem ser reincidentes
Pra saúde são muito importantes,
São perigosas rotas inconscientes
Para se decifrar, seguir adiante...

Preste atenção ao que sonha
Pra as neuroses poder controlar.
Detectado o problema, a manha
Fica mais fácil de corrigir, sanar...

Poema inédito!
*Núcleo Temático Educativo.
Ibernise Maria M. Silva. Indiara (GO), 27.04.2007.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998

Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=35049

Frase do dia



A Esperança.
J. Norinaldo.

A esperança é uma flor que nunca murcha
Em qualquer estação nasce e floresce,
O seu perfume se renova a cada instante.
A cada pétala que se abre de um botão,
Como o nascer do filho da mãe gestante,
O alimento da alma como do corpo é o pão.

A esperança nasce junto com a vida,
O que seria da vida sem esperança?
Seria a noite sem a lua e as estrelas,
Seriam elas sem ninguém aqui pra vê-las,
Seria a terra sem o sorriso da criança,
Seria as ondas sem o vento a envolvê-las.

Seria o rio sem ter para onde correr,
Seria o peixe sem ter o rio pra viver,
Seria o navegar sempre a deriva,
Seria a vida sem o ar pra respirar.
Não seria nem preciso navegar
Imagine então para que viver...

A minha poesia carece de esperança,
A esperança é a minha inspiração,
E cada estrofe soa como numa prece,
Ao Jardineiro que a humanidade conhece.
Que regou com seu sangue esse jardim,
Você já se perguntou se realmente o merece?

Seus medos e angustias

O Cancro é segundo a Direccção Geral de Saúde e, é depois das doenças cardiovasculares, a segunda causa de morte em Portugal. Provavelmente é a doença mais temida do mundo moderno. Mesmo sendo um cancro que se possa curar, a angústia e o desespero de quem dele sofre tornam-se pesadíssimos.

O diagnóstico é acompanhado de medo, angústia e desespero, que envolvem não só o doente, mas toda a família e os amigos, consolidando estigmas e preconceitos sociais. Hoje em dia, com os grandes avanços no campo da Medicina, nomeadamente com o crescente desenvolvimento das terapêuticas anti-neoplásicas (quimioterapia, cirurgia, radioterapia e terapêutica biológica), as doenças oncológicas mudaram, sendo possível alcançar a cura para algumas, e, para outras, prolongar a vida muito para além do que seria de esperar pela história natural da doença. Assim, pode-se afirmar que, hoje em dia, há a possibilidade de controlar a doença.
No entanto, viver com uma doença crónica (doença de longa duração, que afecta profundamente a vida da pessoa, em que a intervenção médica é muitas vezes paliativa, visando mais o controlo dos sintomas do que a sua cura), implica uma tentativa de reconstrução da própria vida, envolvendo estratégias específicas para lidar com os sintomas, com as consequências percebidas da doença e com o ajustamento à doença, no âmbito das relações sociais.

ADAPTAÇÕES E MAMA

O projecto de vida vai ser alterado, com repercussões em todas as suas áreas. Esta mudança exige um grande esforço de adaptação a uma nova vida. É necessário aceitar e incorporar as limitações que a doença provoca. Neste sentido, a ajuda de um psicólogo é fundamental, para ajudar a pessoa a adaptar-se a uma nova condição de vida. Perante a sua nova condição, os próprios doentes auto-marginalizam-se, vivendo muitas vezes o estigma a eles associado, pelo que a desejada reconstrução de uma nova identidade e a busca de um novo sentido para a vida se tornam tarefas difíceis e demoradas. É necessário que o doente não deixe de fazer as coisas que lhe dão prazer. Deve integrar as limitações que a doença provoca na sua vida, e procurar ajustar-se a isso.
A doença reveste-se de características com grande carga emocional e social. E, tal como quando nos morre um familiar querido e temos que fazer o luto dessa perda, o mesmo acontece com os doentes com cancro. Eles têm que fazer o luto do corpo saudável, para se adaptarem às perdas e às limitações que a doença lhes traz.
-MAMA: O cancro da mama está entre as doenças que mais provocam medo e angústia nas mulheres, devido não só à sua alta incidência, bem como devido às repercussões psicossociais que tem nas suas vidas. O período de diagnóstico pode ser bastante traumático, sendo normal sentimentos de raiva, revolta, tristeza, medo, angústia entre outros. A mama é um símbolo de feminilidade, maternidade, sexualidade, sensualidade e beleza, e quando sofre alguma alteração pode abalar drasticamente a noção de identidade da mulher. Tanto para as mulheres mastectomizadas (que retiram a mama) como para as submetidas a cirurgia parcial, pode surgir medo de perder o companheiro, pois, de certa forma, sentem-se “menos mulheres”, devendo ser ajudadas, compreendidas e apoiadas por elas. Existem as próteses mamária (soutien com enchimento na parte da mama que foi retirada), e passado algum tempo (é o médico qua avalia isso), podem fazer a reconstrução mamária.

EFEITOS SECUNDÁRIOS

O tratamento médico é reconhecido como desgastante, tanto em termos físicos como emocionais, sendo a ansiedade, a depressão e a auto-estima sintomas mais frequentemente identificados pelas doentes. A acrescer à perda da mama (total ou parcial), estão os efeitos secundários do tratamento, tal como a queda de cabelo. Pode acontecer as mulheres terem receio, ou, simplesmente, não se conseguirem olhar ao espelho pois não se reconhecem, e aqui, mais uma vez é necessário fazer o luto da imagem corporal. Outras mulheres reagem muito bem, adaptando-se de forma extraordinária e moldando a sua vida ao tratamento e à doença.
Apesar de se falar muitas vezes na doença, em revistas, na televisão, na rua, a maioria da população tem falta de conhecimento sobre causas e tratamentos possíveis do cancro, o que aumenta ainda mais o estigma social associado à doença.
É também necessário criar programas organizados de monitorização que cheguem a toda a população, como acontece, por exemplo, no Reino Unido. Neste país, a população geral recebe uma carta que convida à realização de um exame de monitorização, por exemplo a cada 5 anos (dependendo da idade da pessoa) e o mesmo acontece para a realização de mamografias.
Desta forma, é necessário fazer exames regulares para o diagnóstico ser atempado, principalmente nas idades de risco.
Viver com uma doença crónica, como o cancro, requer grande capacidade de organização, integração e sobretudo de adaptação a uma nova condição de vida.



http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=1341


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Seus medos e angustias

O Cancro é segundo a Direccção Geral de Saúde e, é depois das doenças cardiovasculares, a segunda causa de morte em Portugal. Provavelmente é a doença mais temida do mundo moderno. Mesmo sendo um cancro que se possa curar, a angústia e o desespero de quem dele sofre tornam-se pesadíssimos.

O diagnóstico é acompanhado de medo, angústia e desespero, que envolvem não só o doente, mas toda a família e os amigos, consolidando estigmas e preconceitos sociais. Hoje em dia, com os grandes avanços no campo da Medicina, nomeadamente com o crescente desenvolvimento das terapêuticas anti-neoplásicas (quimioterapia, cirurgia, radioterapia e terapêutica biológica), as doenças oncológicas mudaram, sendo possível alcançar a cura para algumas, e, para outras, prolongar a vida muito para além do que seria de esperar pela história natural da doença. Assim, pode-se afirmar que, hoje em dia, há a possibilidade de controlar a doença.
No entanto, viver com uma doença crónica (doença de longa duração, que afecta profundamente a vida da pessoa, em que a intervenção médica é muitas vezes paliativa, visando mais o controlo dos sintomas do que a sua cura), implica uma tentativa de reconstrução da própria vida, envolvendo estratégias específicas para lidar com os sintomas, com as consequências percebidas da doença e com o ajustamento à doença, no âmbito das relações sociais.

ADAPTAÇÕES E MAMA

O projecto de vida vai ser alterado, com repercussões em todas as suas áreas. Esta mudança exige um grande esforço de adaptação a uma nova vida. É necessário aceitar e incorporar as limitações que a doença provoca. Neste sentido, a ajuda de um psicólogo é fundamental, para ajudar a pessoa a adaptar-se a uma nova condição de vida. Perante a sua nova condição, os próprios doentes auto-marginalizam-se, vivendo muitas vezes o estigma a eles associado, pelo que a desejada reconstrução de uma nova identidade e a busca de um novo sentido para a vida se tornam tarefas difíceis e demoradas. É necessário que o doente não deixe de fazer as coisas que lhe dão prazer. Deve integrar as limitações que a doença provoca na sua vida, e procurar ajustar-se a isso.
A doença reveste-se de características com grande carga emocional e social. E, tal como quando nos morre um familiar querido e temos que fazer o luto dessa perda, o mesmo acontece com os doentes com cancro. Eles têm que fazer o luto do corpo saudável, para se adaptarem às perdas e às limitações que a doença lhes traz.
-MAMA: O cancro da mama está entre as doenças que mais provocam medo e angústia nas mulheres, devido não só à sua alta incidência, bem como devido às repercussões psicossociais que tem nas suas vidas. O período de diagnóstico pode ser bastante traumático, sendo normal sentimentos de raiva, revolta, tristeza, medo, angústia entre outros. A mama é um símbolo de feminilidade, maternidade, sexualidade, sensualidade e beleza, e quando sofre alguma alteração pode abalar drasticamente a noção de identidade da mulher. Tanto para as mulheres mastectomizadas (que retiram a mama) como para as submetidas a cirurgia parcial, pode surgir medo de perder o companheiro, pois, de certa forma, sentem-se “menos mulheres”, devendo ser ajudadas, compreendidas e apoiadas por elas. Existem as próteses mamária (soutien com enchimento na parte da mama que foi retirada), e passado algum tempo (é o médico qua avalia isso), podem fazer a reconstrução mamária.

EFEITOS SECUNDÁRIOS

O tratamento médico é reconhecido como desgastante, tanto em termos físicos como emocionais, sendo a ansiedade, a depressão e a auto-estima sintomas mais frequentemente identificados pelas doentes. A acrescer à perda da mama (total ou parcial), estão os efeitos secundários do tratamento, tal como a queda de cabelo. Pode acontecer as mulheres terem receio, ou, simplesmente, não se conseguirem olhar ao espelho pois não se reconhecem, e aqui, mais uma vez é necessário fazer o luto da imagem corporal. Outras mulheres reagem muito bem, adaptando-se de forma extraordinária e moldando a sua vida ao tratamento e à doença.
Apesar de se falar muitas vezes na doença, em revistas, na televisão, na rua, a maioria da população tem falta de conhecimento sobre causas e tratamentos possíveis do cancro, o que aumenta ainda mais o estigma social associado à doença.
É também necessário criar programas organizados de monitorização que cheguem a toda a população, como acontece, por exemplo, no Reino Unido. Neste país, a população geral recebe uma carta que convida à realização de um exame de monitorização, por exemplo a cada 5 anos (dependendo da idade da pessoa) e o mesmo acontece para a realização de mamografias.
Desta forma, é necessário fazer exames regulares para o diagnóstico ser atempado, principalmente nas idades de risco.
Viver com uma doença crónica, como o cancro, requer grande capacidade de organização, integração e sobretudo de adaptação a uma nova condição de vida.



http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=1341


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Viver com o cancro

Se percorrermos com uma visão panorâmica a história da humanidade, podem descobrir-se alguns povos que praticaram diversas formas de eutanásia. O próprio Platão chegou a escrever: "Estabelecerás no Estado uma disciplina e uma jurisprudência que se limite a cuidar dos cidadãos sãos de corpo e de alma; deixar-se-ão morrer aqueles que não sejam sãos de corpo" (1). Pode dizer-se que na antiguidade pre-cristã não havia em geral um respeito perfeito pela vida humana, se bem que não faltassem excepções como o juramento de Hipócrates (460 a.C.), que serviu de base para a deontologia médica.

Com a difusão do Cristianismo, renovou-se a mentalidade também neste aspecto, ao seguir o mandamento divino "não matar". Contudo, na época actual, vive-se o processo inverso. Com efeito, é no séc. XX que começam a ter aceitação e se difundem as organizações pro-eutanásia. Em 1935, funda-se na Inglaterra a primeira, com o nome de "Exit " ("Saída"); hoje chama-se "Voluntary Euthanasia Society" (VES) e conta uns 8.000 sócios. Em 1938, constituiu-se outra similar nos Estados Unidos, com o nome de " Euthanasia Society of America", que em 1967 criou o "Euthanasia Educational Fund" para financiar programas de informação e difusão pública do tema. Entre outras associações pro-eutanásia que têm mais actividade, está a "NVVVE" holandesa, que editou um livro no qual se explicam com pormenor os diversos modos de proporcionar uma "morte suave" a si próprio ou a outrem. Actualmente, existem organizações pro-eutanásia em 21 países, as quais em 1980 celebraram um congresso em Oxford e resolveram constituir a "Federação Mundial de Sociedades para o Direito à Morte" (2).

Durante os anos setenta, propagou-se também, em alguns países, especialmente nos Estados Unidos, a prática do "living will" (testamento biológico); trata-se de uma declaração assinada perante testemunhas na qual o interessado manifesta que, no caso de padecer uma enfermidade incurável e dolorosa, não lhe devem aplicar meios terapêuticos extraordinários para prolongar a vida e que, pelo contrário, lhe seja proporcionada uma "morte suave". Neste mesmo sentido foi aprovada uma lei no Estado da Califórnia em 1976 e em outros sete Estados da União em 1977. Também no decorrer desse mesmo ano, o cantão de Zurich aprovou por referendo esta forma de eutanásia. Na Inglaterra, pelo contrário, já se tinham rejeitado em 1936 e 1969 dois projectos de lei para a legalizar.

Examinando as afirmações dos defensores da eutanásia nos últimos anos, verifica-se um "crescendo" nas argumentações. Em 1974, quarenta personalidades da cultura e da ciência, entre os quais se encontravam três Prémios Nobel (Jacques Monod - Biologia, 1965; Linus Pauling - Química, 1954; e George Thomson - Física, 1937) afirmaram que "nenhuma moral racional pode proibir categoricamente ao indivíduo pôr termo à sua Vida, se padece de uma horrível doença em relação à qual os meios conhecidos são ineficazes" (3). Daí à argumentação em prol do "homicídio por piedade", do "homicídio em consciência", da necessidade de "eliminar vidas inúteis", não vai uma grande distância, pois o ponto de partida é o mesmo nas duas atitudes: a negação do carácter sagrado de qualquer vida humana.

(1) PLATÃO, República, III.

(2) Cfr. Aceprensa, Madrid, n.° 19/84.

(3) "The Humanist", Julho de 1974

Fernando Monge, Eutanásia, Edições Prumo, 1991

Fonte: http://eutanasia.aaldeia.net/vivercomcancro.htm

Livro. alivio a dor do cancer

Ficha Técnica

O Alívio da dor do câncer
Segunda Edição
Com um guia para a disponibilidade de opiáceos
Instituto nacional do Câncer
Ministério da Saúde
1997

Publicado pela Organização Mundial da Saúde em 1996 sob o título Cancer pain relief, 2ª edição
@Organização Mundial de Saúde

O Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde concede os direitos de tradução para uma edição em Português ao Instituto Nacional de Câncer, que é o único responsável pela tradução.

Tiragem: 10.000 exemplares

Edição, distribuição e informações
Instituto Nacional de Câncer - INCA
Coordenadoria de Programas de Controle do Câncer - Pro-Onco

Av. Venezuela, 134 Bl. A 9º Andar
CEP 20081-310 Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Tel.: (021) 263-8565 Fax: (021) 263-8297
e-mail: evinca@omega.incc.br Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar
Tradução, editoração eletrônica e fotolito: Pro-Onco/INCA
Impresso no Brasil/Printed in Brazil

Prefácio

Na maior parte do mundo, a maioria dos pacientes com câncer tem doença avançada. Para eles, a única opção real de tratamento e o alívio da dor e os cuidados paliativos. Em 1986, a primeira edição da presente publicação propôs um método para o alívio da dor do câncer, baseado em um pequeno número de drogas relativamente baratas, inclusive a morfina. O teste de campo realizado em varies países demonstrou a eficácia do método em varies pacientes. A primeira edição tem sido traduzida para 22 línguas e mais de meio milhão de copias tem sido vendidas, refletindo a crescente conscientização sobre o problema que representa a dor do câncer.
Esta segunda edição incorpora muitos dos avanços ocorridos no conhecimento e na prática, desde a metade dos anos 80, O trabalho preparatório para esta revisão iniciou-se em 1989, no contexto do encontro do Comitê de Especialistas no Alívio da Dor do Câncer e Cuidados Paliativos da OMS.Desde então, cada parte do livro passou a ser extensivamente revisada e atualizada, e uma seção sobre disponibilidade de opiáceos foi adicionada.

Ressalta-se que a abordagem a dor do câncer precisa ser entendida como parte de um cuidado paliativo especializado. O alívio de outros sintomas e dos problemas psicológicos, sociais e espirituais que os pacientes apresentem e mandatório. Buscar o alívio da dor sem atentar para Além dos problemas físicos dos pacientes resultará em frustração e na falha.

Fonte: http://www.psicosoma.pt/livraria?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=5320&category_id=34