quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cancro da laringe

Cancro da laringe


O cancro da laringe, o mais frequente dos cancros da cabeça e do pescoço, depois do cancro da pele, é mais frequente nos homens e está relacionado com o tabagismo e o consumo de álcool.

Este cancro surge frequentemente nas cordas vocais e provoca rouquidão. Se uma pessoa estiver rouca durante mais de duas semanas, deverá consultar o médico. O cancro noutras partes da laringe provoca dor e dificuldade de deglutição. Nalguns casos, no entanto, antes de qualquer outro sintoma, detecta-se primeiro um volume no pescoço, provocado pela extensão do cancro a um gânglio linfático (metástase).

Para fazer o diagnóstico, o médico observa a laringe através de um laringoscópio (um tubo utilizado para a visualização directa da laringe) e faz uma biopsia (recolhe-se uma amostra de tecido que se examina ao microscópio) do tecido que se suspeita ser canceroso. Depois o cancro é classificado conforme o seu estádio, de I a IV, tomando como base até onde se propagou.

Tratamento

O tratamento depende da localização do cancro dentro da laringe. Para um cancro num estado primário, o tratamento usual consiste em cirurgia ou radioterapia. Quando as cordas vocais são afectadas, a radioterapia costuma ser o tratamento de eleição porque geralmente preserva o tom normal da voz. Para o cancro num estado avançado, o tratamento usual é a cirurgia, que pode consistir em extirpar parcial ou totalmente a laringe (laringectomia parcial ou total), geralmente seguida de radioterapia. 90 % das pessoas com cancro no estádio I que tenham recebido tratamento vivem pelo menos 5 anos, em comparação com os 25 % das que têm cancro no estádio IV.

A ressecção total das cordas vocais deixa a pessoa afectada sem voz. Nestes casos, é possível criar uma nova voz por meio de um de três métodos: a fala esofágica, uma fístula traqueoesofágica ou uma electrolaringe. No caso da fala esofágica, ensina-se a pessoa a recolher ar no esófago enquanto inspira e a expulsá-lo gradualmente para produzir um som. Uma fístula traqueoesofágica é uma válvula unidireccional que se insere cirurgicamente entre a traqueia e o esófago. A válvula faz entrar ar no esófago enquanto a pessoa inspira e, assim, é produzido som. Se a válvula funcionar mal, os líquidos e os alimentos podem entrar acidentalmente na traqueia. A electrolaringe é um dispositivo que actua como uma fonte de som quando é colocado junto ao pescoço. Os sons produzidos pelos três métodos são convertidos em palavras como as da fala normal (utilizando a boca, o nariz, os dentes, a língua e os lábios). No entanto, a voz produzida por estes métodos é artificial e é muito mais fraca do que a normal.

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