quinta-feira, 14 de maio de 2009

Determinação dos estádios do cancro

Determinação dos estádios do cancro


Quando se encontra o cancro, os exames para determinar o estádio do mesmo ajudam os médicos a planificar tratamentos apropriados e a determinar o prognóstico. Numerosos testes são levados a cabo para determinar a localização do tumor, o seu tamanho, o seu crescimento para as estruturas vizinhas e a sua propagação para outras partes do corpo. Definir o estádio é fundamental para determinar se a cura é possível. Os doentes de cancro, algumas vezes mostram-se impacientes e ansiosos durante estes testes, desejando um tratamento imediato do tumor. Contudo, estas análises permitem aos médicos determinar uma terapia de ataque inteligente e planificada.

O estudo do estádio do cancro pode incluir gamagrafias (cintigrafias), como as do fígado e dos ossos, estudos com contrastes, tomografias computadorizadas (TAC) ou imagens por ressonância magnética (RM) para determinar se o cancro se espalhou. A mediastinoscopia, na qual o interior do tórax (o mediastino) se examina com um instrumento de fibra óptica (Ver secção 4, capítulo 32), é utilizada para determinar se o cancro, em geral um cancro do pulmão, atingiu os gânglios linfáticos. Uma biopsia da medula óssea, em que se extrai tecido do centro de um osso e se examina ao microscópio, pode ajudar a determinar se o cancro se espalhou até aí. (Ver secção 14, capítulo 152)

Por vezes pode ser necessária a cirurgia para determinar o estádio do cancro. Por exemplo, uma laparotomia (uma operação abdominal) permite ao cirurgião extirpar ou tratar o cancro do cólon enquanto determina se o mesmo se espalhou aos gânglios linfáticos próximos, a partir dos quais poderá continuar até ao fígado. Uma análise dos gânglios extraídos da axila durante uma mastectomia ajuda a determinar até onde se propagou o cancro da mama e se é necessária uma terapia pós-cirúrgica. Uma operação para extirpar o baço (esplenectomia) contribui para determinar os estádios da doença de Hodgkin.

O exame com ultra-sons (ecografia) é um procedimento indolor e inofensivo que utiliza ondas sonoras que mostram a estrutura dos órgãos. É útil para identificar e determinar o tamanho de certos cancros, particularmente dos rins, fígado, pelve e próstata. Os médicos também usam a ecografia para guiar a extracção de amostras de tecido durante uma biopsia com agulha.

A tomografia axial computadorizada (TAC) emprega-se para detectar cancro no cérebro, nos pulmões e nos órgãos abdominais, como as glândulas supra-renais, os gânglios linfáticos, o fígado e o baço.

A linfografia é um exame no qual se injecta um contraste nos pés e se segue através dos raios X à medida que sobe. Ajuda a identificar anomalias nos gânglios linfáticos abdominais, mas desde a chegada da TAC, praticamente já não se usa.

A obtenção de imagens por ressonância magnética (RM) é uma alternativa à TAC. Com este procedimento, um campo magnético muito potente gera imagens anatómicas perfeitamente pormenorizadas. É particularmente útil na detecção de cancros do cérebro, dos ossos e da espinal medula. Não se utilizam os raios X e é um procedimento muito seguro.

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