segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cancro da mama Prevenção

Prevenção de situações de risco em mulheres em idade fértil

Cancro da Mama

O cancro da mama e do colo do útero são duas situações clínicas de grande importância pela sua frequência e prognóstico.
Grande número de cancros da mama e do colo do útero são curáveis. No entanto, a cura tem a ver com a precocidade com que é feito o diagnóstico.

A mamografia é o exame mais importante na prevenção do cancro da mama, assim como a citologia ou exame de Papanicolau para a prevenção do cancro do colo do útero. Todavia, tanto numa situação como na outra é o cuidado que cada mulher tem a principal ponte para a salvação e entenda-se por cuidado essencialmente o conhecimento do seu corpo, ou seja, parar algum tempo do seu dia-a-dia para "olhar para dentro", não só psiquicamente, fazendo um exame de consciência, como, e neste caso, fisicamente.

É importante que todas as mulheres aprendam a fazer um auto-exame da mama, ou seja, que saibam observar e apalpar a mama. Este exame não deve ser feito diariamente, até porque a mama sofre, ao longo do ciclo menstrual (o ciclo menstrual é o tempo que decorre desde o 1° dia de perdas sanguíneas até ao início de outras perdas, quer dizer, cerca de 28 a 30 dias nas mulheres regulares), alterações que poderão ser confundidas com situações graves. A palpação da mama deve ser feita logo após a menstruação, que é a altura em que os seios estão menos sensíveis e menos tensos e, portanto, apenas uma vez por mês.

Nem tudo o que se apalpa é um cancro, muitas alterações sentidas têm a ver com flutuações das hormonas sexuais e são muito frequentes entre os 30 e 50 anos. É a chamada "Doença Fibroquistica" da mama, a qual se pode apresentar de várias formas. Os seios podem ficar dolorosos antes do aparecimento do período (mastodinia), ficar duros e apalpar-se alguns nódulos (displasia); podem aparecer quistos simples, que são nódulos de conteúdo líquido e que, regra geral, não têm risco significativo de cancro da mama. Podem aparecer nódulos sólidos, normalmente isolados, de contornos lisos e bem definidos, que se movem facilmente quando os palpamos. Por vezes, aparece um corrimento mamilar claro ou sanguinolento e, neste caso, há que ter cuidado, pois poderemos estar perante uma lesão pré-maligna, provocada por pequenos tumores (Papilomas), os quais crescem dentro dos canais das glândulas, motivo pelo qual não são palpáveis.

As chamadas mastites são infecções da mama que podem formar abcessos, mas não têm qualquer risco de cancro.

Embora estas situações, normalmente benignas, sejam as mais frequentes, sempre que a mulher note qualquer anomalia deve recorrer ao médico, pois só este poderá confirmar a natureza da lesão.

É importante a noção de que a autopalpação da mama feita uma vez por mês, pelo próprio, é fundamental no diagnóstico de possível doença mamária, assim como em caso de necessidade, a mamografia e ecomamária. No entanto, nem sempre os achados patológicos são de índole maligna e, caso o sejam, há que tratar (operando), já que, hoje em dia, felizmente, grande número de cancros da mama operados permitem uma vida com qualidade durante muitos anos.

Lisete Romão
Médica


site:http://br.geocities.com/gresjornal/2001/pag1809.html

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