segunda-feira, 13 de julho de 2009

Cancro da pele

O cancro de pele é o crescimento anormal e desorganizado das células da pele. Surge com maior frequência na raça branca, depois dos 40 anos e geralmente é provocado por exposições excessivas ao sol. É mais frequente na camada externa da pele (epiderme), o que permite visualizar o cancro na fase inicial.

Conforme as células afectadas consideram-se 3 tipos de cancro: o basalioma ou cancro basocelular, o carcinoma espinocelular ou pavimento celular e o melanoma maligno.

O basalioma é o mais comum, aparece por volta dos 40 anos, em pessoas de pele clara, nas zonas do corpo que sofreram exposições prolongadas ao sol (cara, pescoço, mãos e pernas). É de cor rosada brilhante e cresce de forma lenta. O tratamento é feito com uma pequena cirurgia, se for na fase inicial.

O cancro espinocelular atinge pessoas mais velhas que as do basalioma, na zona da pele exposta por maiores períodos ao sol. São ambos característicos de certas profissões como trabalhadores agrícolas e da construção civil. Surge a partir de lesões já existentes na pele, cicatrizes de queimaduras ou cortes que não curam e apresentam crescimento irregular dos bordos. Desenvolve-se mais rápido que o anterior. Na pele cresce uma espécie de nódulo que sangra facilmente. Se não for tratado na fase inicial pode invadir outros órgãos e levar à morte.

O melanoma é o cancro mais agressivo do organismo e o mais perigoso dentro dos da pele. É característico de pessoas mais jovens que os anteriores. Tem origem nas células responsáveis pela coloração da pele. Ao contrário dos anteriores, tem origem em exposições periódicas ao sol, em queimaduras solares antigas, quando mais jovens.

Pode aparecer nas zonas do corpo expostas ao sol e em sinais. Geralmente, surge uma mancha preta na pele ou num sinal já existente. O tratamento é feito com cirurgia ao local. Se for numa fase inicial (inferior a 4 milímetros) aumenta a taxa de cura. Superior a esta medida existe grande probabilidade do cancro se espalhar para outros órgãos (metástases), sendo necessário outros tratamentos como radioterapia e quimioterapia, diminuindo os casos de cura.

Assim que se verifica qualquer alteração na cor, forma ou consistência da pele ou sinal, deve-se recorrer de imediato ao médico. A observação da pele deve ser mensal. Usar protector solar adequado ao tom de pele é fundamental.

Sinais e sintomas

- No melanoma o tumor é geralmente de bordos irregulares, a cor é diferente dentro da mesma zona, desde o castanho, preto, laranja ou azul.

- Pode surgir como uma bolha de sangue sob uma unha, sem a pessoa se magoar.

- Aumento do tamanho e forma de um sinal novo ou já existente.

- Alteração da pele á volta do sinal, pode ficar vermelha, com ferida, crosta, com comichão ou dor.

- Nas mulheres aparece com maior frequência nos braços e pernas, nos homens na cabeça, pescoço e tronco.

Factores de risco

- Pele clara, com sardas e muitos sinais.

- Difícil de bronzear mas que sofre queimadura solar facilmente.

- Cabelo ruivo ou louro, olhos claros.

- Exposições intermitentes ou prolongadas ao sol.

- Já ter sofrido queimadura solar.

- Antecedentes de melanoma em familiares.

- Não usar protector solar adequado ao tom de pele, mesmo depois de bronzeado.

- Não usar roupa apropriada, chapéu e óculos de sol.

- Exposição ao sol nas horas de maior calor.

Diagnóstico

O médico especialista (dermatologista) ou cirurgião fazem o diagnóstico através da observação da pele e confirmam com a realização de uma biópsia (recolha de um pequeno bocado de pele para analisar no laboratório de anatomia patológica). O médico pode optar por retirar o tumor em vez de fazer a biopsia. Desta forma manda analisar o tumor todo para se certificar que não ficaram células com cancro.

Tratamento

O tratamento é cirúrgico. É retirado o cancro pelo cirurgião e enviado para o laboratório de anatomia patológica, afim de confirmarem se o tumor era benigno ou maligno e se foi retirado todo daquela zona.

Se não houver metástases em outros órgãos e o cirurgião retirou todo o tumor, a percentagem de cura é geralmente de 100%. O médico avalia de forma periódica o doente devido ao risco aumentado de surgir novo melanoma.

Nos cancros com metástases, tem que se recorrer a cirurgia, radioterapia (radiações emitidas por uma máquina em doses elevadas para destruir as células do cancro), quimioterapia (medicamentos em comprimidos ou no soro que destroem as células do cancro) e medicamentos que estimulam o organismo a aumentar a sua imunidade. Nestes casos a taxa de sucesso é baixa.

Prognóstico

O fundamental do tratamento do cancro é o diagnóstico precoce. Se o cancro for diagnosticado e tratado na fase inicial o prognóstico é bom, se houver metástases pode provocar a morte em meses ou anos. A profundidade do cancro e as defesas do organismo influenciam na evolução da doença.


http://www.conhecersaude.com/mobile/adultos/3065-doencas-de-pele-cancro-de-pele.html

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